Que experiências terão os caminhantes ao visitar este percurso?
Para usufruir dos encantos de Manhouce, aconselha-se o percurso pela montanha onde o solo surge mesclado de floresta, rocha, cascatas, poços de água de um verde transparente e moinhos que “decoram” as margens das ribeiras.
Os olhares mais atentos poderão observar durante o percurso, o javali, o coelho bravo, a águia de asa redonda, a poupa, o gaio comum, entre outros. Relativamente à flora, para além do azevinho, as bétulas, carvalhos, pinheiro bravo, podemos contemplar a vegetação característica da montanha como, a urze, carqueja, giesta, tojo, bem como as espécies ligadas à agricultura, a oliveira e a videira. Este percurso encontra-se inserido numa área integrada na “Rede Natura 2000” – serra da Freita e Arada.
Podemos também ver a ponte de Manhouce construída pelos romanos entre o séc. II a.C. e o séc. I d.C., que integra a Via Cale, a Estrada Imperial que ligava Emérita Augusta, em Mérida, a Bracara Braga, com passagem por Viseu. Uma via que adiante na história ficaria aqui conhecida como estrada dos almocreves, os itinerantes comerciantes que da Idade Média até ao séc. XX ligaram gentes, culturas e territórios com as suas histórias e mercadorias.
Pode usufruir ainda dos poços de Manhouce localizados no troço mais alto do rio Teixeira, onde abundam as quedas de água e as piscinas naturais. O poço da Silha na ribeira da Vessa e o poço da Gola na ribeira de Manhouce, são alguns dos mais conhecidos e frequentados e todos eles foram esculpidos na rocha dura pela força das águas.