Inserido no Alto Mondego Rede Cultural, o primeiro ciclo de espetáculos da iniciativa “ALTAMENTE” realiza-se entre os dias 02 e 23 de abril, nos concelhos que compõem esta rede – Fornos de Algodres, Mangualde, Gouveia e Nelas.
Em Mangualde o espetáculo acontece no próximo domingo, 3 de abril, pelas 21h00, no Largo Dr. Couto. Já o de Nelas realiza-se a 23 de abril, pelas 21h30, no Paço dos Cunhas.
Este é um projeto intermunicipal, onde o mote é a música e os grandes protagonistas são as associações culturais do território. As coletividades são desafiadas a cooperarem e a explorarem novos caminhos artísticos, a partir da identidade e tradições destes quatro concelhos, através da música
Um projeto cultural itinerante, que envolve mais de cinquenta elementos da comunidade, coordenado pelos músicos Bitocas e Artur Fernandes.
O primeiro ciclo de espetáculos, que junta os participantes de Mangualde e Nelas, decorre em abril. O segundo, que junta Gouveia e Fornos de Algodres, está previsto para junho.
De acordo com a autarquia mangualdense, a entrada do evento, realizado naquele concelho, é gratuita, mas com lotação limitada a 150 lugares sentados, pelo que a aquisição de bilhetes é obrigatória. Os interessados podem reservar os bilhetes na Biblioteca Municipal e/ou na Papelaria Adrião.
«Uma história contada pelo som» é assim que Bitocas Fernandes resume o espetáculo que está a ser criado. Salientando que não vai faltar «surpresa, criatividade, ludicidade, casualidade, espontaneidade e estímulos sonoros» e em que a música chega «de forma não convencional» e desafia a «interatividade entre diferentes músicos e público».
Artur Fernandes refere que o ALTAMENTE «representa simbolicamente o confronto e a interação das culturas e suas fronteiras nas diversas fases da relação com o desconhecido: a estranheza, o confronto, a curiosidade, a fusão, a partilha e a miscigenação de saberes». Acrescentando que a recolha de material para a conceção do espetáculo começou no território, «O recurso à tradição envolve repertórios, instrumentos e práticas musicais, objetos do quotidiano com aptidões sonoras, lengalengas e trava línguas e outras práticas orais de comunicação», adianta Artur Fernandes que acrescenta que o processo criativo passou por «a partir de novos contextos criativos abordar estes conteúdos da tradição e, simultaneamente, propor novas formas de lidar com as ideias musicais, sem preconceitos».