O secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, admitiu, este domingo, em Milão, Itália, o possível regresso do lay-off simplificado para as empresas que eventualmente tenham de diminuir ou suspender a produção devido à escalada dos preços da energia.
«Ainda não tem muito significado em Portugal, mas obviamente que algumas atividades, a manter-se a esta situação, vão ter claramente muitas dificuldades em manter a sua produção aos níveis que tinham. E nós vamos também adaptar os mecanismos de suporte em termos de emprego a essa circunstância, nomeadamente usando os mecanismos de lay-off que já existem no Código de Trabalho e, tal e qual como durante a pandemia, ir ajustando as medidas àquilo que são as necessidades», confirmou o governante.
À margem de uma visita às empresas portuguesas presentes na feira de calçado MICAM, em Milão, Itália, João Neves referiu que «há algumas atividades já com o mercado suspenso na Europa», onde «algumas empresas – sobretudo aquelas que são intensivas em energia – sofreram as consequências de ter custos de produção que não são compatíveis com os preços de colocação no mercado dos produtos».
«Vamos voltar a ter os instrumentos que se revelarem adequados. Se aquilo que é a resposta do lay-off que já está previsto no Código de Trabalho não for condizente com a evolução da situação, com certeza que nós tomaremos medidas de simplificação», assegurou.
//Lusa e redação//