Lamentando e condenando “veementemente” a situação relatada e outras que possam surgir, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros reencaminhou, igualmente, a missiva com a denúncia realizada.
Ao que tudo indica, “além dos colaboradores e utentes da Unidade de Cuidados Continuados, foram também vacinados o presidente da Assembleia Geral, o presidente da Direção, a vice-presidente (filha do presidente da Direção), a vogal (esposa do presidente da Direção), o tesoureiro, o vogal e a diretora executiva”.
Além de “todas estas pessoas da direção”, a carta anónima aponta ainda que foram “também vacinadas duas funcionárias da secretaria que exercem as suas funções no edifício do lar e não na Unidade de Cuidados Intensivos”: a esposa do tesoureiro e uma mulher que, “no dia da vacinação, se encontrava de baixa há mais de um mês e veio só para receber a vacina, continuando de baixa”.
À Renascença, o presidente da direção desta associação de solidariedade social diz que apenas seguiu o normativo da CNIS. Duarte Coelho explica que as regras dizem que também devem ser vacinados contactos próximos da instituição: “Primeiro os utentes, segundo os colaboradores trabalhadores e, em terceiro, pessoas que estão em contacto direto com utentes ou trabalhadores na instituição- dirigentes ativos”.
“Cumprimos exatamente o que está aqui.” Assim, foram vacinados quatro elementos da direção, menos a secretária. “Todos os que foram vacinados são prioritários e de risco”, garante.